O enquadramento da investigação com as paisagens mineiras em Portugal
As ocorrências mineiras em território Português desde tempos remotos que suscitaram a atracção do Homem. A sua riqueza em minérios metálicos, ouro, chumbo, cobre, estanho, ferro, tungsténio, levou à prospecção e consequente exploração mineira. Ao longo dos tempos e em função dos interesses conjunturais houve uma grande alternância dos minérios a explorar.

Assim, verifica-se a presença de ouro e chumbo predominantemente no Norte e Centro do país; o cobre a Sul do Tejo; o estanho a Norte do rio Douro; o ferro no leste transmontano; e o tungsténio também a Norte, e com a particularidade de na maioria dos casos se encontrar associado a jazigos com ouro e/ou estanho.

Desde a época romana, a uma escala “proto-industrial”, até ao séc. XX que a exploração dos minérios metálicos, principalmente do ouro e do tungsténio aquando das grandes guerras, transformou significativamente as paisagens mineiras e o povoamento face aos interesses económicos vigentes.

Neste momento, em pleno séc. XXI, em que novamente suscita interesse a riqueza do subsolo português e consequentemente o risco de novas mudanças paisagísticas, faz-se um balanço da investigação e estado da arte referente à exploração em época romana, tentando propor metodologias de estudo para futuro. Ao mesmo tempo, procura-se também enquadrar os interesses económicos e a investigação com a valorização e preservação das paisagens mineiras. Quais paisagens mineiras?

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