O presente estudo de caso faz parte do projeto de investigação PoPaTERVA 2013-2016, intitulado "Povoamentos e Paisagens no Vale Superior do Rio Terva", que, entre outras áreas temáticas, foca o estudo arqueológico dos assentamentos e da paisagem na Idade do Ferro. No Parque Arqueológico do Vale do Terva, o período da Idade do Ferro tem uma expressão notável em nove castros inventariados: Cabeço, Sapiãos, Brejo, Nogueira, Malho, Murada da Gorda, Muro de Cunhas, Cerca de Sapelos e Sapelos. A ocupação densa desta região parece estar relacionada com uma exploração intencional dos recursos minerais existentes (depósitos primários de ouro e estanho), com vestígios de exploração identificáveis nas áreas do Brejo, Sapelos, Limarinho, Poço das Freitas e Batocas e que, inquestionavelmente, sofreram intensa atividade exploratória na época romana (século I aC / século IV dC). O presente projeto enquadra-se na problemática da interpretação das estruturas sociais e económicas das sociedades pré-romanas localizadas no noroeste peninsular e seu consequente processo de romanização. Além disso, este projeto procura demonstrar a existência ou a ausência de padrões especializados de assentamentos pré-romanos determinados pela exploração de recursos minerais.