Atlas da Flora do Parque Arqueológico do Vale Superior do Rio Terva
O vale do Terva possui um património florístico de grande valor, com quase quinhentas espécies de plantas, entre as quais existem diversos endemismos ibéricos, alguns classificados como importantes para a conservação, tais como Veronica micrantha ou Festuca elegans. O grande património botânico resulta da elevada diversidade biofísica expressa numa paisagem heterogénea de grande beleza. Nestes vales e montanhas existem ainda grandes extensões de vegetação natural, destacando-se os bosques ripícolas de amieiros que se encontram em bom estado de conservação e pequenas manchas de carvalho que se encontram dispersas pelo vale do Terva. Nas zonas mais elevadas são abundantes os matagais de giesta, os matos dominados por carqueja e urze-vermelha e diversos tipos de vegetação típica de zonas rochosas e clareiras de matos. A vegetação seminatural encontra-se ligada à presença do Homem, mas tem uma grande importância em termos de conservação da biodiversidade, dos quais os lameiros constituem o seu expoente máximo. A vegetação artificial, como os povoamentos florestais de pinheiro-bravo, ocupa uma área relativamente pequena, situando-se principalmente junto a Sapiãos. Esta riqueza natural oferece o enorme desafio de gerir de forma sustentável a paisagem natural de forma a prevenir a degradação do ambiente e ao mesmo tempo evitar a perda da qualidade de vida das pessoas que habitam nesta região.

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