O Castro de Nogueira, localizado num esporão da vertente SE da serra do Leiranco é um dos mais expressivos povoados castrejos do Vale do Rio Terva, ocupando uma área de aproximadamente 6 ha. Situado a mais de 900 m de altitude, a sua implantação proporciona boas condições naturais de proteção, controlando visualmente toda a bacia inicial do Vale do Rio Terva.
O sistema defensivo é constituído por três linhas de muralha: a primeira linha de muralha delimita a área da acrópole; a segunda, a mais evidente devido ao grande derrube que lhe está associado, estrutura a plataforma intermédia do povoado; a terceira linha conforma a plataforma mais baixa do povoado, seguindo até ao pequeno promontório que, a Sudeste, quebra abruptaente a vertente. A noroeste, na zona onde é mais vulnerável, o povoado está protegido por um campo de pedras fincadas, atualmente tombadas na sua grande maioria.
Nas plataformas definidas pelas muralhas percebe-se a existência de edificações e à superfície são abundantes os fragmentos de cerâmicas de distintas produções, testemunhando uma ocupação que poderá recuar-se aos séculos IV-III a.C..
O Castro de Sapelos, localizado num promontório em esporão alongado, sobre a margem esquerda do rio Terva, é um dos mais complexos locais fortificados do Vale Superior do Terva, pela articulação que realiza entre as linhas de muralha e um labiríntico complexo de fossos defensivos, durante décadas interpretados como trincheiras mineiras.
No povoado são facilmente identificáveis duas linhas de muralha, constituídas por alvenaria de junta seca, em granito, delimitando uma área de aproximadamente 6,5 ha. A primeira linha de muralha define, de forma imponente, a acrópole do povoado, tendo sido colocado a descoberto uma porta monumental virada a poente.
Os trabalhos arqueológicos de que tem sido objeto permitiram igualmente comprovar a sua ocupação entre o século II a.C. e o século II d.C., tendo-se identificado diversas estruturas de habitação de planta circular e retangular.